Painel 5 : O Legado Cultural
Mediador: Claudiney Ferreira
Eugênio Lima, Frente 3 de Fevereiro (São Paulo)
Adriana Rattes, Secretaria Estadual de Cultura do Rio de Janeiro
Sara Hallat, Fordsburg Artists Studios (Bag Factory) (Joanesburgo, África do Sul)
Andréa Falcão, Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro
Fio condutor do evento Cultura na Rede, O Legado Cultural foi tema do último painel de uma série de cinco mesas realizadas desde quinta-feira (27/6). Mediada por Claudiney Ferreira (Núcleo de Literatura e Audiovisual do Itaú Cultural), a mesa foi iniciada por Eugênio Lima (Frente 3 de Fevereiro, São Paulo), que abriu o debate apresentando um vídeo de intervenção artística de um grupo de brasileiros em Berlim, na Copa do Mundo de 2006.
Em seguida, Andréa Falcão (Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro) falou da importância de articulação de uma rede e da construção de canais de participação mais efetivos. Defendeu ainda a importância de museus e instituições culturais pensarem em conjunto, para que possa ser estendido o tempo de vida de obras que a princípio são construídas para uma única situação. "A circulação de bens é uma questão de responsabilidade", disse.
A sul-africana Sara Hallat (Fordsburg Artists Studios)voltou à mesa para falar sobre sua experiência em relação ao legado da Copa do Mundo na África do Sul, sede em 2010. A principal herança, segundo ela, foi mais psicológica e de autoestima. "Tinhamos diversas inseguranças e vimos que éramos capazes de fazer um evento desse porte".
Sara também lembrou da questão da transição de governos políticos, que começam e interrompem obras e projetos de acordo com as mudanças, o que é um prejuízo para a sociedade. "É preciso forçar para que isso não aconteça, que as iniciativas continuem independente dos mandatos", ponderou.
A secretária de Cultura do Rio, Adriana Rattes, foi otimista e abriu sua fala defendendo o legado do encontro promovido pelo evento. Defendeu também a criação de uma rede entre os representantes culturais presentes no evento para a criação de uma agenda comum e articulada.
"Este encontro proporciona ressonâncias várias e a gente pode pensar isso de uma forma mais organizada", comentou. "Querendo ou não, vamos mostrar nossa cara daqui a um ano. E temos de pensar como queremos nos mostrar para o resto do mundo."