Com 40 anos de carreira, o Grupo Corpo atingiu reconhecimento nacional e internacional por suas coreografias em dança contemporânea de linguagem única, com forte inspiração na cultura brasileira e a capacidade de fazer dialogar o popular e o erudito.

De 5 de dezembro de 2015 a 17 de janeiro de 2016, o programa Ocupação apresenta uma exposição em homenagem à companhia mineira. São mais de mil fotos que revelam o dia a dia do grupo.

Para o site da Ocupação, a equipe do Itaú Cultural entrevistou membros da companhia. Destacamos as seguintes entrevistas pela proximidade com as discussões sobre gestão cultural.

Paulo Pederneiras, diretor artístico, comenta como consegue criar uma identidade final em que dialoguem todos os elementos – figurino, cenografia, música e coreografia.

Rodrigo Pederneiras, há 35 anos o coreógrafo do Grupo Corpo, fala sobre seu processo criativo – que extrai sua inspiração da música – e sobre como desenvolve uma linguagem corporal que se destacou como propriamente brasileira.

Cláudia Ribeiro, responsável pela programação, aborda os desafios da companhia, a relevância de contar com patrocínios privados de longo prazo – que permitiram estabilização e o desenvolvimento de um trabalho coerente (o Grupo Corpo teve o patrocínio da Shell de 1989 a 1999 e da Petrobras desde 2000) – e o papel da companhia na formação de público para a dança. O depoimento de Cláudia pode ser apoiado pelo estudo O Hábito de Lazer Cultural do Brasileiro, da Fecomércio do Rio de Janeiro, que informa: no Brasil, 93% das pessoas nunca foram a um espetáculo dessa área de expressão.

Carmem Purri, a Macau, diretora do Corpo Escola de Dança, trata das atividades de formação do grupo, mantidas desde a sua origem. Fala também sobre o projeto Corpo Cidadão, que leva a experiência da dança para jovens de diversas regiões de Belo Horizonte.

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