A cultura do povo Huni Kuĩ está presente no Itaú Cultural até fevereiro de 2018 com a exposição Una Shubu Hiwea – Livro Escola Viva do Povo Huni Kuĩ do Rio Jordão. Como extensão da mostra, os kene – estilo de desenho e pintura de formas geométricas característico desse grupo – ocupam também a fachada do instituto.
Desde abril de 2017, o banco da entrada do Itaú Cultural tem sido espaço de intervenção artística. Naquele mês, a artista Erica Mizutani, com colaboração dos seus irmãos Camila e Arthur Mizutani, foi a responsável por repensar visualmente o local. Desta vez, a obra ficou por conta dos Huni Kuĩ José Mateus Itsairu, Tadeu Mateus Siã Txana Hui Bai, Rita Sales Dani, Shane Huni Kuĩ e Menegildo Paulino Isaka, com colaboração dos não indígenas – ou nawa – Carou Trebitsch e Nana Orlandi.
Os Huni Kuĩ possuem duas manifestações que podem ser entendidas como artísticas – o kene e o dami, que são pinturas de mitos e cenas da aldeia. Se compreendermos “arte” como algo a ser contemplado e que não tem utilidade fora do campo da reflexão, esse termo não se aplica nem ao kene nem ao dami, que são práticas inseridas no contexto da religiosidade desse povo. São inspiradas em rituais e continuam a tradição.
Veja imagens do processo de pintura do banco: