Nos últimos anos, São Paulo viu dois cinemas encerrarem suas atividades. De comum entre eles havia o tipo de localização e a proposta de exibição: ambos, o Cine Arte Lilian Lemmertz e o Gemini, eram cinemas de rua. O primeiro, que funcionou por dez anos, se propôs a exibir apenas filmes nacionais − mas por uma impossibilidade de mercado inseriu na sua programação filmes estrangeiros de arte. O segundo optou por projetar filmes que saíram de cartaz em outros cinemas da cidade e funcionou por mais de 30 anos.

O surgimento das salas multiplex − o complexo de cinema localizado dentro de shopping centers − mudou a forma de produção e consumo da indústria cinematográfica. O conceito multiplex representa 85% do total das salas de cinema na cidade de São Paulo e visam ao grande público que entende o cinema como extensão da ida ao shopping.

Se, por um lado, a expansão dessas novas salas possibilita o acesso de um público maior, aos poucos condena determinados espaços de cultura. A nova geração preza por alta qualidade de imagem, som e conforto sem muita preocupação com o conteúdo da fita, ao contrário da geração anterior, quando a fita era muito mais importante do que a sala.

Para saber mais:

Edição 10 da Revista do Observatório Itaú Cultural

http://www.atarde.com.br/cultura/noticia.jsf?id=1337032

http://www.usp.br/agen/?p=15021

http://portalexame.abril.com.br/negocios/noticias/mexicana-cinepolis-vai-investir-r-500-milhoes-brasil-2012-598063.html

http://losolvidados.com.br/?p=1075