Itaú Cultural
Endereço
Avenida Paulista 149 São Paulo SP 01311 000 [estação Brigadeiro do metrô]
Contatos e informações extras
11 2168 1777
O cinema brasileiro conquista mais um importante espaço no Itaú Cultural. Entre os dias 5 e 8 de setembro acontece a primeira edição do Encontros de Cinema, que tem como suas principais chaves os processos de criação, o fazer em cinema e as tendências contemporâneas.
A partir da consultoria de Ismail Xavier e José Geraldo Couto, foi formulada uma programação de quatro dias que reúne roteiristas, diretores de fotografia, distribuidores, pesquisadores, produtores e realizadores. Nesta primeira edição do programa, profissionais e público trocam ideias sobre temas essenciais para o momento da produção brasileira, como as novas tecnologias, a produção independente, as tendências do documentário, a preparação de elenco etc. Tornar-se um espaço de referência para o relacionamento e o debate sobre o cinema brasileiro, esse é o desejo de Encontros de Cinema.
Encontros de Cinema
Sala Itaú Cultural
Debates
quinta 5 e sexta 6 de setembro
Oficinas
FIQUE ATENTO!
Sua inscrição só é válida caso você tenha recebido um email de confirmação.
VAGAS ESGOTADAS
sábado 7 10h às 17h30
Novas Tecnologias
com Daniela Capelato
Os aspectos econômicos, financeiros, jurídicos e criativos, entre outros, da produção cinematográfica para a web.
VAGAS ESGOTADAS
domingo 8 10h às 17h30
O Roteiro de Cinema
com Rubens Rewald
Escolher um tema, construir personagens, criar cenas, redigir diálogos... O processo de elaboração do roteiro de um curta-metragem, em todas as suas etapas: o argumento, a escaleta e o roteiro propriamente dito.
06/09/2013 SEXTA-FEIRA - 20h às 20h
O Trabalho do Ator: Entre a Arte e a Técnica
com Laís Bodansky, Luiz Mario Vicente e Suzana Amaral, mediação José Geraldo Couto
Diante da ênfase dada à preparação de atores, como definir a fronteira entre os papéis do diretor do filme e do preparador de elenco?
José Geraldo Couto
É jornalista, tradutor e crítico de cinema. Trabalhou por mais de 20 anos no jornal Folha de S. Paulo como repórter, crítico e colunista e foi editor assistente da revista Set entre 1987 e 1990. Autor dos livros André Breton: A Transparência do Sonho (Brasiliense, 1984) e Brasil: Anos 60 (Ática, 1999), colabora regularmente com a revista Carta Capital e mantém uma coluna de cinema no blog do Instituto Moreira Salles (blogdoims.com.br/jose-geraldo-couto-no-cinema).
Laís Bodanzky
É diretora de cinema e teatro. Dirigiu os filmes Bicho de 7 Cabeças (2001), Chega de Saudade (2008) e As Melhores Coisas do Mundo (2010). No momento, prepara o longa-metragem Como Nossos Pais e finaliza, para a emissora ESPN, o documentário Mulheres Olímpicas. Diretora das peças Essa Nossa Juventude (2005) e Menecma (2011), ambas indicadas ao prêmio Shell, coordena há 10 anos o projeto Cine Tela Brasil.
Luiz Mario Vicente
É ator, diretor de teatro e preparador de atores. Foi aluno do Centro de Pesquisa Teatral (CTP), de Antunes Filho. Entre seus principais trabalhos estão Querô (2006), de Carlos Cortez, Terra Vermelha (2008), de Marco Bechis, e Trinta (2013), de Paulo Machline.
Suzana Amaral
É cineasta, roteirista e professora. Dirigiu o longa-metragem A Hora da Estrela (1985), inspirado na obra de Clarice Lispector e vencedor do prêmio de Melhor Atriz (para Marcélia Cartaxo) no Festival de Berlim. Seu último trabalho foi Hotel Atlântico (2009), adaptação do romance homônimo do escritor João Gilberto Noll.
06/09/2013 SEXTA-FEIRA - 18h às 18h
Caminhos do Documentário
com Cao Guimarães, Carlos Alberto Mattos e Sérgio Borges, mediação Ismail Xavier
As várias tendências do pujante documentário brasileiro contemporâneo.
Cao Guimarães
É artista plástico e cineasta. Já exibiu trabalhos em museus e galerias como Tate Modern, Guggenheim e bienais internacionais de São Paulo e San Diego/Tijuana. Dirigiu filmes como Andarilho, Acidente e Ex Isto e teve produções em festivais como Sundance, Rotterdam e Cannes entre outros. Sua obra foi o foco da exposição Ver É uma Fábula.
Carlos Alberto Mattos
É crítico e pesquisador de cinema, autor de livros sobre os cineastas Walter Lima Jr., Eduardo Coutinho, Vladimir Carvalho, Jorge Bodanzky, Maurice Capovilla e Carla Camurati. É editor da revista Filme Cultura e mantém o blog carmattos.com.
Ismail Xavier
É professor da Universidade de São Paulo (USP). Foi professor visitante da Universidade de Nova York (1995), da Universidade de Iowa (1998), da Université Paris III – Sorbonne Nouvelle (1999, 2011), da Universidade de Leeds (2007) e da Universidade de Chicago (2008). Publicou, entre outros livros, O Discurso Cinematográfico: a Opacidade e a Transparência; Sertão Mar: Glauber Rocha e a Estética da Fome; Alegorias do Subdesenvolvimento: Cinema Novo, Tropicalismo, Cinema Marginal; e O Olhar e a Cena: Melodrama, Hollywood, Cinema Novo, Nelson Rodrigues.
Sérgio Borges
É cineasta, escritor e roteirista. Dirigiu, entre outros filmes, Sonhos (1998), Mira (2001) e Silêncio (2006). É autor dos livros O Guerrilheiro Nuclear e o Pacifista a Conversar (Manga, 1997) e Solar (Sêlo Editorial, 2001). Por seu primeiro longa-metragem de ficção, O Céu Sobre os Ombros (2010), ganhou o prêmio de Melhor Filme do Festival de Brasília de 2010.
06/09/2013 SEXTA-FEIRA - 16h às 16h
Roteiro e Direção
com Hilton Lacerda, Marçal Aquino e Tata Amaral, mediação José Carlos Avellar
O papel do roteirista no processo de criação: a questão da autoria, o mito do bom roteiro como “solução” para o cinema brasileiro e o domínio da narrativa clássica sobre o experimentalismo.
Hilton Lacerda
É cineasta e roteirista. Foi responsável pelos roteiros de filmes como Baile Perfumado (1997), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira, Amarelo Manga (2002) e Febre do Rato (2011), ambos de Cláudio Assis, e Augustas (2012), de Francisco César Filho. Estreia na direção com o documentário Cartola – Música para os Olhos (2007).
José Carlos Avellar
É jornalista, crítico e ensaísta. Integrante do conselho editorial da revista Cinemais e da publicação virtual El Ojo que Piensa, da Universidade de Guadalajara (México), é consultor dos festivais internacionais de cinema de Berlim, San Sebastián e Montreal. Desde 2006 é curador do Festival de Gramado.
Marçal Aquino
É jornalista, escritor e roteirista de cinema e de televisão. Publicou, entre outros livros, o romance Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios. Atuou como roteirista de filmes como Os Matadores, Ação entre Amigos, O Invasor e O Cheiro do Ralo. Sua obra está traduzida na Alemanha, na França, no México, na Suíça e em Portugal.
Tata Amaral
Tata Amaral é cineasta. Estreou como diretora de longa-metragem com Um Céu de Estrelas (1996), realizando em seguida Através da Janela (2000), Antônia (2006), o premiado Hoje (2011) e Trago Comigo (2016). Atualmente, finaliza a série documental A Mulher que Era o General da Casa e Sequestro Relâmpago, seu próximo longa.
05/09/2013 QUINTA-FEIRA - 20h às 20h
Novas Tecnologias e Plataformas de Produção e Exibição
com Carlos Nader, Felipe Bragança (on-line) e Ivana Bentes, mediação Daniela Capelato
Quais são os efeitos dos novos modos de produção e dos novos formatos de exibição sobre a linguagem cinematográfica? Eles podem gerar um novo tipo de cinefilia?
Carlos Nader
É editor, documentarista e videomaker. Teve vídeos exibidos em centros culturais de mais de 20 países e ganhou, entre outros, os prêmios de Melhor Documentário Brasileiro no Festival É Tudo Verdade, em 2008, e Melhor Curta-Metragem nos festivais de Havana e Paulínia, em 2012.
Daniela Capelato
É pesquisadora, produtora, roteirista e cineasta. Foi gerente do Núcleo de Cinema e Vídeo do Itaú Cultural de 1995 a 2001 e, após esse período, fundou a empresa Doc. Filmes. Atua em parceria com diretores como Marcelo Gomes, Karim Ainouz, Lucas Bambozzi e Heloisa Passos. É autora do projeto 9 Atos para um Jogo, selecionado pelo Rumos Itaú Cultural 2002-2003, e curadora das mostras O Artista e Alter-Heróis.
Felipe Bragança
É cineasta. Dirigiu os curtas Por Dentro de uma Gota D’Água (2003), O Nome Dele (O Clóvis) (2004) e Jonas e a Baleia (2006), apresentados em mais de 50 festivais de cinema no Brasil e no exterior. Foi diretor assistente e corroteirista de Karim Aïnouz no longa O Céu de Suely (2006); escreveu o roteiro de No Meu Lugar (2009), de Eduardo Valente; e foi um dos roteiristas da série da HBO Alice. Em 2009 lançou, em parceria com Marina Meliande, o longa A Fuga da Mulher-Gorila – Prêmio de Melhor Filme pelo Júri da Crítica e Júri Jovem na 12ª Mostra de Tiradentes. Em 2010, A Alegria, também em parceira com Marina Meliande, foi selecionado para a Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. Coordenou, idealizou e codirigiu com outros jovens realizadores brasileiros o projeto coletivo de longa-metragem Desassossego, exibido pela primeira vez na Semana dos Realizadores de 2010.
Ivana Bentes
É pesquisadora, ensaísta e professora. Tem mestrado e doutorado em comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde é professora de graduação e da pós-graduação em comunicação e cultura. É autora de Joaquim Pedro de Andrade: A Revolução Intimista (Relume-Dumará, 1996) e pesquisadora da Coordenação Interdisciplinar de Estudos Culturais (CIEC) da UFRJ.
05/09/2013 QUINTA-FEIRA - 18h às 18h
Blockbusters versus Independentes
com Anna Muylaert, Cavi Borges e Peter W. Schulze, mediação Marcelo Miranda
As grandes produções nacionais ajudam a criar público para o cinema brasileiro ou, ao contrário, reforçam o gosto pela estética dominante e a resistência a outras linguagens e propostas?
Anna Muylaert
Anna Muylaert é roteirista e diretoria de cinema e televisão. Em roteiro, participou dos programas infantis Mundo da Lua, Castelo Rá-tim-bum, Disney Club e Um Menino Muito Maluquinho, das séries Filhos do Carnaval e Alice e dos filmes O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias e Quanto Dura um Amor. Em direção, fez os longas Durval Discos, É Proibido Fumar e Que Horas Ela Volta, lançado neste ano e premiado nos festivais de Sundance e Berlim.
Cavi Borges
É cineasta e fundador da Cavídeo, produtora, distribuidora e locadora especializada em filmes de arte. Com o curta-metragem A Distração de Ivan (2009), que codirigiu com Gustavo Melo, participou da Semana da Crítica do Festival de Cannes de 2010. Atualmente finaliza o longa-metragem Cidade de Deus – 10 Anos Depois.
Peter W. Schulze
É professor de cinema na Johannes Gutenberg-Universität Mainz, autor de livros sobre a obra de Glauber Rocha (2005) e a relação entre o movimento tropicalista e o modernismo (2013). Organizador de vários títulos, entre eles: Glauber Rocha e as Culturas na América Latina (2011), Crossing Frontiers. Intercultural Perspectives on the Western (2012), Novas Vozes. Zur brasilianischen Literatur im 21. Jahrhundert (2013) e Genre Hybridisation. Global Cinematic Flows (2013).
05/09/2013 QUINTA-FEIRA - 16h às 16h
Exibição e Distribuição
com Adhemar de Oliveira, Frederico Machado e Sara Silveira, mediação Pedro Butcher
Qual é a posição que o cinema brasileiro ocupa, hoje em dia, no mercado? Como diminuir a distância entre o público e a produção nacional?
Adhemar de Oliveira
É sociólogo, exibidor e distribuidor de filmes. Dono do Espaço de Cinema, participou da criação do Espaço Unibanco, do Cineclube Estação Botafogo e foi responsável pela primeira sala Imax no Brasil. Em 2000, em parceria com Leon Cakoff, fundou a distribuidora Mais Filmes.
Frederico Machado
É crítico de cinema, cineasta e roteirista. Fundou a produtora Lume Filmes, que, desde 2006, distribuiu mais de 300 filmes no mercado brasileiro. Dirigiu, entre outros, os curtas-metragens Infernos (2006) e Vela ao Crucificado (2009) e o longa Exercício do Caos (2013). É dono de salas de cinema pelo Brasil e membro do Conselho Nacional da Ancine.
Pedro Butcher
É crítico de cinema do jornal Folha de S. Paulo e editor do site Filme B, empresa especializada em pesquisa e análise do mercado de cinema. Já trabalhou como jornalista nos jornais O Dia, Jornal do Brasil e O Globo.