Barbara Heliodora em 1964

A crítica teatral, ensaísta, tradutora e professora Barbara Heliodora morreu hoje, 10 de abril, no Rio de Janeiro. Foram cerca de 60 anos dedicados ao teatro – Barbara escreveu críticas para o Jornal do Brasil de 1958 a 1964, foi gestora do Serviço Nacional de Teatro (SNT) de 1964 a 1967, atuou em pesquisa e tradução, tendo se tornado a maior referência em Shakespeare no país, e retornou à crítica para a revista Visão, em 1986, e depois para O Globo, a partir de 1990. Em dezembro de 2014, lançou seu último livro: Shakespeare: o que as Peças Contam – Tudo o que Você Precisa Saber para Descobrir e Amar a Obra do Maior Dramaturgo de Todos os Tempos.

Em 2008, publicamos uma entrevista com ela: “O Ator, um Ser Generoso”, sobre o processo de criação do teatro e o trabalho do crítico: “A natureza não precisa de crítica [...]. Mas a arte é um produto humano, então ela pode ser analisada. O crítico completa o processo analisando esse produto. Você vai lucrar com a apreciação do crítico e, se você tem um texto que é mais difícil, ele pode escrever a respeito do texto antes da estreia e com isso preparar o público para apreciar o espetáculo. O crítico tem uma função que tanto é ligada ao público quanto ao realizador”.

Em 2011, a reportagem “Descontruindo Shakespeare” – sobre A Tempestade, texto do autor inglês montado naquele ano pelo diretor Alexandre Brazil – traz comentários de Barbara, parte da equipe do espetáculo. Ela diz: “Para entender Shakespeare basta se permitir apreciar a beleza do que ele cria”.

Por fim, a crítica conversou conosco sobre o ator, diretor e produtor Sergio Britto, homenageado em 2013 pelo programa Ocupação. Veja o vídeo.

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