Celso Lafer, advogado e professor emérito da Universidade de São Paulo (USP), fala do posicionamento de seu amigo e docente Antonio Candido tanto nos momentos ditatoriais ou autoritários quanto nos períodos democráticos. Embora não considerasse ter vocação política, o mestre atuava na militância por um senso de obrigação moral. Lafer observa que o crítico se envolveu com partidos apenas quando se sentia à vontade e que sua militância se refletiu também em sua atuação na revista Argumento e no início da Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp). Ressalta ainda que Candido nunca quis ser militante em posição de liderança, por envolver certas tomadas de decisão que não condiziam com sua busca pelo pluralismo de perspectivas.

Neste 2018, quando completaria 100 anos, o crítico literário, sociólogo e professor Antonio Candido é o homenageado da 40ª edição do programa Ocupação, com a curadoria do Itaú Cultural e de Laura Escorel, neta de Candido e organizadora de seu acervo. O evento na sede do instituto, em São Paulo/SP, tem entrada gratuita e inclui uma exposição (de 23 de maio a 12 de agosto de 2018) e um colóquio internacional (de 23 a 25 de maio), além de lançar uma publicação e um hotsite.

Depoimento gravado em março de 2018, na sede do Itaú Cultural, em São Paulo.

Saiba mais sobre a Ocupação Antonio Candido.

Leia o verbete sobre o professor na Enciclopédia Itaú Cultural.

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