Prestes a viajar como bolsista para a Alemanha, o colunista narra a apreensão desses momentos preliminares. Uma crônica sobre os bloqueios criados pelo medo e sobre a necessidade de prosseguir
Queria poder pensar em dias melhores. Queria que a consciência racial fosse presente e nós, a camada mais pobre, parasse de sofrer por tão pouco. Eu quero ir além da vida ou morte. Eu não quero ter medo de viver
Cada um tem sua experiência, sua vivência, seu sentido. Eu, no meio desta guerra em que vivemos, encontrei minha tática bélica na súplica: “Obrigado, vida, por eu ter nascido pobre”