Foi pelo litoral que o atual território brasileiro começou a ser descoberto por navegadores europeus. Durante o primeiro século, pouco se explorou o interior. O Mapa do Almirante, de 1522, delineia apenas parte da costa e chama o país de Terra Nova ou Terra dos Papagaios.
Nenhum artista visitou o Brasil nesse período. As imagens existentes foram criadas na Europa a partir de relatos e descrições escritas. O tema dominante era o canibalismo, protagonista de grande parte das gravuras que descrevem o país. Os povos indígenas também são retratados vestidos à moda europeia ou em modelos atléticos imaginados pelos artistas europeus, que nunca os haviam visto.
Mapa do Almirante, do cartógrafo alemão Martin Waldseemüller, que confirmou o nome do Novo Continente como América: xilogravura, exemplar de 1522" O título completo desta gravura em metal de Du Viert e Mariette, entalhada em 1613, diz: “Estes são os verdadeiros retratos dos selvagens da ilha de Maranhão chamados tupinambás trazidos ao Rei da França pelo Senhor de Razilly. Estão representados na posição que tomam enquanto dançam” (foto: Edouard Fraipont) Nesta segunda gravura (que faz par com a anterior) o título original diz: “Retrato ao natural dos bárbaros trazidos para a França do país dos tupinambás pelo Senhor de Razilly para serem batizados e convertidos à fé de Jesus Cristo e depois apresentados à Sua Majestade, o Rei, neste presente ano de 1613” (foto: Edouard Fraipont) Gravura retratando as práticas de canibalismo no Brasil. Obras com esse tema ilustram o livro de De Bry, impresso na Alemanha em 1596 (foto: Edouard Fraipont)" Moeda de ouro no valor de 10 cruzados, conhecida como O Português (da Casa da Moeda de Lisboa), cunhada em 1499 (foto: Edouard Fraipont)" Raro ensaio monetário de prata Terra de Santa Cruz (da Casa da Moeda da Bahia), cunhado em 1695, no valor de 640 réis