O projeto Ocupação propõe, através de uma exposição, um mergulho na obra de artistas ligados a diversas linguagens, homenageando e destacando a importância de suas trajetórias.
Desta vez, a Ocupação Jards Macalé apresenta a “Macalândia”, um universo lírico, lúdico, épico e político de uma das figuras centrais da história da música brasileira.
Na “Macalândia” você conhecerá algumas facetas de Jards Macalé: sua fixação por histórias em quadrinhos, seus textos sobre política, arte e cultura publicados na década de 1970, suas poesias e seu trabalho como ator de cinema, teatro e televisão. Além de cartas afetivas trocadas entre ele e familiares e amigos, e uma seleção de imagens e documentos.
Macalé estudou música com Guerra-Peixe, foi copista da Orquestra Tabajara e uniu a música erudita com a malandragem de bambas dos morros cariocas – com quem conviveu. Durante os anos 1970, viveu uma época de grande efervescência e transformação cultural no país com outros ícones da música e da arte brasileiras, como Hélio Oiticica e Lygia Clark (chamada por ele de “mãe estética”). Jards Macalé também atuou no cinema, em filmes de Nelson Pereira dos Santos e Jorge Amado, e no teatro, com Zé Celso Martinez.
Inquieto, Jards nunca parou de produzir e pensar música; tocou e fez parcerias com músicos de diversos gêneros, como Vinicius de Moraes, Moreira da Silva e Moraes Moreira, e arranjou discos de Gal Costa e Caetano Veloso. Foi amigo e parceiro musical de poetas como Waly Salomão (com quem chegou a se casar performaticamente), José Carlos Capinan e Torquato Neto.
Um trabalho minucioso e intenso na seleção do vasto material resultou nesta mostra. Tudo o que o público pode ver na exposição foi guardado pelo artista durante muitos anos e está sendo exibido pela primeira vez.
Você tem alguma história com a música de Jards Macalé? Conte pra gente e ajude a construir a “autobiografia não autorizada” desse grande artista!